Era uma vez, no Agreste nordestino, um menino chamado Ernesto. Ernesto morava em sua casinha de pau-a-pique com seus outros dez irmãos. Um belo dia, debaixo de um sol escaldante, o pequeno Ernesto resolveu ir em busca do Desconhecido. Desconhecido era um amigo do Ernesto que tinha sido raptado por um Travecante carioca, que atendia pelo nome de Mano Moranguinho.
-Oxi, eu vô ti matar bichinho!- jurou Ernesto.
O pequeno Ernesto era chamado de Baiano por seus amigos, mas ele não entendia o porquê desse apelido. Encorajado por Maikinho, seu irmão mais novo, Baiano deixou sua casa de pau-a-pique e foi em busca do Desconhecido. Amarrou sua trouxa num pedaço de madeira, colocou seu chapéu de cangaceiro, calçou suas sandálias da humildade e botou o pé na areia. Baiano caminhava com seu guarda-chuva à frente, para se proteger do vento ruidoso e da areia que voava contra ele e cegava-o. O guarda-chuva não durou 2 horas, quando o nosso herói do Olodum encontrou um parente seu. Ficou sabendo que ele trabalhava na Indústria da Seca na Bahia pós-Zona da Mata. Despediu-se de Firmino (seu parente) e voltou à sua jornada épica.
Foram 20 dias e 20 noites quando Ernestinho descobriu que podia correr. Foram dias quentes, com o sol castigando suas costas, chamuscando seus cabelos e torrando seu chapéu de cangaceiro. Suas sandálias viraram pó e uniram-se à areia dos desertos mais escaldantes que Baiano percorreu. Nosso herói cangaceiro, descendente de Lampião, passou a ser considerado um indivíduo afro-descendente (Say No To Racism) por onde quer que fosse. Ele já não era mais o mesmo.
-Mano Moranguinho, Mano Moranguinho... Você que me aguarde, véio. Você sequestrou o
Desconhecido, e ninguém faz isso sem conhecer ele, bichinho! Ôxi, escreva o que eu tô falando! Não existe Rio de Janeiro, nem de Fevereiro, Março ou Abril que pare um baiano arretado!- murmurava ele para si mesmo.
Movido por uma força divina (muita caninha da roça), Baiano enfim chegou aos domínios do Mano Moranguinho. E ele estava lá, com sua bochecha rosada e sua boca emparelhada, e seus olhos com rímel fitando Baianinho. Uma luta histórica veio a seguir. Kamehameha voava pra todo lado, tapas, socos, cócegas, e as garrafas de caninha da roça de Baiano que tinham sobrado venceram o Fight. Depois disso, Baianinho subiu no barraco mais alto, do morro mais alto para ver o Desconhecido. Chegando lá em cima, ofegando por causa dos 12.487.385.739.284.097.507.335 degraus que teve que subir. Balas zuniam perto de sua orelha, disparadas por Comida, o comparsa de Mano Moranguinho. Mas Baiano, que não é bobo nem nada, chamou logo John Lennon, o dono de Comida, para dar um jeito nele.
Finalmente Ernestinho estava em frente à porta do cativeiro do Desconhecido. Ele empurrou a porta com a mão e uma luz muito forte veio de dentro do barraco. Uma música chegou aos seus ouvidos: AAAALELUIA, AAAAALELUIA, ALELUIA, ALELUIA, ALEEELUIA! Quando a luz foi embora, lá estava ele, de pé e com seu sorrisinho danado no rosto gordo.
-BAIANOOOOOOOOU! Que gay, cara! Você é gay, né? Olha a carinha dele! HAHAHAA!
Era o Eugênio.
E Se?
Há 5 meses
3 comentários:
karaca parceiro... é só se distrair que vc escreve como se tivesse sendo ameaçado de morte.... mais de 3 páginas....hahaha.... fikou maneiro.... vlww....
Eu não entendi nada kkk to rindo pq to boiando rs
Pelo menos tá rindo, isso é o que importa ! xD
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